Bispo convoca católicos a erguer a voz contra ideologia de gênero e aborto no Brasil
Por ACI
O Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto Dias Duarte, fez
um chamado aos católicos e às “pessoas de boa vontade que queiram ser
os sentinelas do bem e da verdade” a levantarem suas vozes contra uma
estratégia que está sendo colocada em prática no Brasil “em favor da
descriminalização do aborto e da manipulação ideológica”.
Em um artigo intitulado “Custos, quid de nocte”, publicado no site da
Arquidiocese do Rio de Janeiro, o Prelado lamentou que embora a
vigilância seja “uma atitude tão recomendada nas páginas bíblicas”, o
que se vê é “o avanço perigoso e veloz das mais variadas expressões do
mal no mundo de hoje”.
“A Igreja
Católica, nos tempos atuais da história da humanidade, deve assumir cada
vez mais a atitude do sentinela do bem e ficar mais atenta aos perigos
que ameaçam o nosso país”, alertou.
Tais perigos estão marcados pelo “marxismo político-partidário, a
ideologia do gênero, o relativismo moral e sua destruição dos costumes, o
consumismo materialista-capitalista, e tantas outras ondas de mentiras,
maldades, violências, drogas, etc.”.
Dom Antônio Augusto explicou que “a vigilância é uma das mais
expressivas provas da caridade cristã” e, portanto, não prevenir,
proteger ou esclarecer as pessoas “dessas estratégias perversas, passa a
ser uma das mais graves omissões presentes no seio da Igreja Católica
nesses tempos últimos”.
Para mostrar como tais realidades estão sendo infiltradas na sociedade
brasileira, cita alguns casos concretos. Primeiramente, através dos
meios de comunicação, especialmente a televisão.
De acordo com o Bispo, “a Rede Globo de Televisão tornou-se um depósito
poluído dessa sujeira moral, pois ao estar presente nos lares do povo
brasileiro, derrama nele, gota a gota, por exemplo, a Ideologia do
Gênero”, a qual contribuiu para a “destruição da família, da integridade
moral das crianças e jovens”.
Esta ideologia, esclareceu, “é um falso feminismo de matriz marxista,
que destrói a dignidade das mulheres, tirando-lhes toda a beleza do
gênio feminino, já que enquanto mulheres, esposas, mães, educadoras dos
filhos, profissionais atuantes e não adversárias dos homens, elas são as
verdadeiras construtoras de um mundo mais humanizado”.
O segundo fato diz respeito à Ação de Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF) protocolada pelo PSOL no Supremo Tribunal Federal
(STF), solicitando a descriminalização do aborto até doze semanas de
gestação.
“Segundo esse partido ‘missionário do mal’ em matéria de aborto, a
criminalização desse ato ‘afeta desproporcionalmente mulheres negras e
indígenas pobres, de baixa escolaridade e que vivem distantes de centros
urbanos, onde os métodos para a realização do aborto são mais inseguros
do que aqueles utilizados por mulheres com maior acesso à informação e
poder econômico, resultando em uma grave afronta ao princípio da não
discriminação”, assinalou.
Em seguida, informou que a relatora do caso será a ministra Rosa Weber,
“mulher branca, rica, bem informada e bem escolarizada”, já deu sinais
de ser “a favor da descriminalização do aborto, sendo, portanto,
contrária à maioria do povo brasileiro, constituído por brancos, negros,
pardos, ricos e pobres, indígenas e mamelucos, imigrantes e
estrangeiros com cidadania adquirida há anos e, sobretudo, por mulheres e
homens que sonham com um Brasil mais justo e mais protetor dos mais
frágeis, como são as crianças em gestação no seio materno”.
Por fim, o terceiro caso citado é especificamente da cidade do Rio de
Janeiro, onde a vereadora Marielle Franco entrou com um projeto de lei
para instituir nos hospitais municipais o “Programa de Atenção
Humanizada ao Aborto Legal e Juridicamente Autorizado no Âmbito do
Município do Rio de Janeiro”.
Entretanto, trata-se de algo “contrário à realidade”, visto que “não há
aborto legal, e esse programa proposto por essa vereadora é tão irreal e
manipulador da inteligência do povo, pois não se deve falar de atenção
humanizada para uma ação tão desumana”.
Diante de tudo isso, exortou, “é chegada a hora do povo brasileiro não
só de ir às ruas, demonstrando civilidade e defesa do patrimônio público
e privado, e protestando contra a corrupção, contra medidas políticas
que prejudicarão as famílias e o emprego”.
“Chegou a hora de sair da frente da televisão ou até desligá-la, quando
ela faz proselitismo da ideologia marxista-gramscista do gênero; chegou a
hora de denunciar partidos, políticos, ministros e instituições que só
se interessam pela cultura da morte e não pela construção de um futuro
melhor para as crianças e doentes”.
Por isso, convocou “os sentinelas do amanhã” a “sair na hora certa da
passividade, para que aconteça hoje e agora um ‘tsunami’ de e-mails para
o STF, para a TV Globo e para a Câmara Municipal de Vereadores carioca,
protestando diante de tantas arbitrariedades contra a vida
humana nascente, contra a dignidade das crianças e jovens, contra a
violação da Constituição Federal, fazendo novelistas, políticos e
ministros descerem dos seus pedestais, onde se sentem donos da verdade e
do bem e do mal, para pisarem na realidade do povo, e enxergarem,
assim, as verdadeiras necessidades humanas”.
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