Latria, dulia e hiperdulia: os cultos cristãos de adoração e veneração
Todos sabem que a má interpretação dos
cultos católicos é motivo de apedrejamento e até de cisma perante a igreja
fundada por Jesus Cristo: a Igreja Católica: Una, Santa e Apostólica. Assim, é
nossa função, como verdadeiros Católicos, entender a quem são destinados os
cultos, bem como o caráter de cada um deles: a adoração, veneração e
hiperveneração.
Cristo nos disse: “Adore o Senhor, teu
Deus, e só a ele servirás” (Mt 4, 10). É nessa parte do Evangelho, usada por
Jesus para repelir as tentações de Satanás, que entendemos em que consiste o
culto da LATRIA: ADORAÇÃO. Essa adoração, por meio do Espírito Santo, só deve ser dirigida a
Deus e a Cristo -verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem- entregue por nós
em corpo e sangue, dando-nos a graça de adorá-Lo no Santíssimo Sacramento que
nos dá a Vida Eterna (Jo 6, 51-58).
Além da adoração dirigida a Deus, temos
o culto da DULIA, ou seja, a VENERAÇÃO. Essa, dirigida aos Santos
reconhecidos pela Igreja, especificamente, demonstram exemplos de vida e
santidade, exemplos os quais devemos seguir por via do heroísmo comprovado no
seguimento dos ideais de Cristo e nas virtudes exaltadas por Ele.
Assim, venerando e reconhecendo a
grandeza desses Santos homens que estiveram em comunhão apreciável com Deus,
podemos pedir sua intercessão, como é trazido pra nós em inúmeros livros e
versículos da Bíblia, a exemplo disso, em Lc 16, 21-31, vemos a parábola em que
Jesus expõe a possível intercessão de Abraão e o acompanhamento dele na
história da Salvação. Além disso, vemos também que Deus opera milagres e curas
por meio dos Apóstolos e santos, vide Ato dos Apóstolos em sua totalidade.

Como a própria Santa
supracitada nos disse: “A santidade não está nesta ou naquela prática, ela
consiste numa disposição do coração que nos torna humildes e pequenos nas mãos
de Deus, conscientes de nossa fraqueza, e confiantes até a audácia na sua
bondade de Pai.” Ahhhhhh Santa Terezinha, tu és digna
de toda veneração! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo por sua vida e
exemplo!
Ademais, temos
também a HIPERDULIA: HIPERVENERAÇÃO, que é destinada, apenas, a Maria Santíssima, mãe
de Deus: Rainha de todos os anjos e santos. Este culto surge com a necessidade
de privilegiar a veneração à Virgem Maria, embora jamais alcance o ápice: a
latria.
Deus, enquanto nosso
Criador quis precisar de Maria, a ponto de fazer dela Mãe do Seu Filho Amado,
portadora da nossa Salvação. Foi por meio da intercessão de Maria que Jesus
realizou seu primeiro milagre em natureza, quando, nas Bodas de Caná, motivou
seu Filho a transformar a água em vinho (Jo 2, 1-12).
São Luís Maria
Grignion de Montfort, no Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem
(Editora Cléofas, página 36), nos diz que “Maria estava já cheia de graça ao
ser saudada pelo arcanjo Gabriel, mas recebeu uma plenitude superabundante de
graça quando o Espírito Santo a revestiu com a sua sombra inefável. De tal modo
essa dupla plenitude foi aumentando, dia a dia, momento a momento, que a sua
alma atingiu um grau de graça imenso e inconcebível.”
Com isso, ao
entender que Maria é a mais poderosa intercessora dentre todos os santos, a via
mais fácil de chegar a Jesus, utilizada por muitos santos, fica fácil entender
o porquê do culto dirigido a ela ser especial, ela que nos foi entregue diante
da Cruz, por seu próprio Filho Jesus (Jo 19, 26-27).
Professemos nossa fé
“Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos, na
remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna.” Amém.
Gleice Kelly
18 anos, Católica, batizada,
crismada, catequista e integrante do Movimento TLC- Diocese de Palmeira dos
Índios/AL;
Estudante de Ciências
Farmacêuticas- UFAL.
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